Eulália, 50 anos, funcionária de um Lar em São Bartolomeu de Messines (Algarve), pôs ontem um «ponto final» a 30 anos de violência doméstica.
Ouviram-se então dois estampidos. Eulália empunhou a pistola e premiu o gatilho. O homem caiu inerte no chão e com ele caiu também toda a bravata imposta a uma relação sem sentido nem futuro.
Reflexão
Escrevemos aqui há dias que estes casos acontecem, maioritariamente, porque as pessoas não se sentem - nem o são! - protegidas pela nossa Polícia. O lamentável ocorrido, como tantos e tantos outros, vem dar razão à tese que defendemos e que, no essencial, tem a ver com a necessidade de se prestar atenção imediata e concreta às queixas que são feitas pelas vítimas na PSP ou GNR.
Eulália já tinha apresentado várias queixas na GNR contra a violência de que era alvo na sua própria casa. Como então referi, são os tais papeis incómodos que vão para o monte de iguais papeis incómodos e só de lá saem - para arquivo e para as estatísticas - quando alguém morre.
É o caso.
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