lavadinha

Não sei se já disse, mas odeio gajas porcas, que não se lavam, que cheiram mal dos sovacos, andam com as cuecas borradas e quando abrem a boca parece que alguém dos serviços municipalizados levantou uma tampa de esgoto.

Isto para já nem falar que é preciso um guarda-chuva para evitar os «gafanhotos» que voam em todas direcções, mas sobretudo na direcção dos nossos olhos e boca (blheeeecccc...) onde se alojam sem pingo de vergonha, alguns até inchados de orgulho, brilhantes debaixo do jogo cúmplice das luzes.

Ai, desculpa, diz ela quando a coisa já 'tá assim p'ró demasiado e o nosso olhar é um enorme 'outdoor' a dizer em letras gigantescas foda-se lá esta puta, mas que mal é que eu fiz a Deus, que é o que normalmente todos nós pensamos mas não temos coragem de dizer.

E com a pontinha do dedo indicador limpa-nos suavemente o canto da boca e pisca-nos o olho, como que a prometer paradisíacas delícias se continuarmos a aguentar aquela merda toda.

Odeio ainda mais aquelas gajas que quando saem das discotecas, suadas e a feder por todos os cantos e recantos, querem logo enfiar-se na minha caminha sem passar, no mínimo, por um banhito rápido e (não vá o diabo tecê-las!) uma generosa aplicação de creme espermicida por tudo quanto é buraco e, ainda, finalmente, uma esfregadela com água de rosas - porque, desculpem insistir - há odores nalgumas pitas que são mais resistentes do que os que emanam dos urinóis públicos.

Afinal... desculpem lá, mas, então um gajo seduz uma gaja com toda a classe, o que ainda exige alguma arte, esforço e tenacidade, para a seguir se abraçar a uma retrete e no dia seguinte ainda ter de pagar a uma empresa de desinfestação para nos ir acudir?!...

A Paula, como se vê, é uma miúda muito asseadinha, cheira sempre pelo coração

e dá-se mal com a penugem loira

que timidamente quer aparecer nas pernas de quando em quando