sexta-feira, outubro 29, 2010

wiccas



Para os mais distraídos, lembro que o próximo fim-de-semana é prolongado.

Dia 01 de Novembro, Domingo, é, tradicionalmente, o «Dia de Todos os Santos» e no dia seguinte é o «Dia dos Finados», feriado religioso, portanto.

Curiosamente, é também tempo de «bruxas»!...

Apanhados na enorme teia de quem comanda e descomanda os cordelinhos dos altos e baixos do consumo, acordámos um dia e achámos que também seria bom para nós se comemorássemos o «halloween», festa que, diga-se de passagem, tem tanto a ver com os portugueses como o Governo socialista que (ainda) temos.

O profano dá as mãos ao sagrado e vice-versa, coisa que nem sequer é nova ou original, e aí temos o pessoal todo, cristãos e ateus, agnósticos e outros indeterminados, brincando e divertindo-se com o «Dia das Bruxas» (Wicca Day ou Halloween), escondendo-se atrás de horríveis e fantasmagóricas máscaras e, ao mesmo tempo, desvirtuando, ignorando e ridicularizando o verdadeiro sentido do que é ser uma bruxa.

A mítica bruxa de antanho, a dos nossos pesadelos de criança, aquela dos contos de fadas, a que tinha um nariz enorme e adunco, corcunda, verrugas, montava numa vassoura e dava maçãs envenenadas às Brancas-de-Neve, provavelmente nunca existiu. Mas, mesmo que alguma delas fosse assim tão horripilante, a verdade é que as bruxas de hoje são como as de sempre: perfeitamente normais, dentro da normalidade, e, portanto, umas mais bonitas que outras, mas, por favor, definitivamente humanas como todos nós somos humanos e filhos de Deus.

E o que é uma bruxa, afinal?  perguntarão os meus queridos Leitores. 

Uma bruxa é uma pessoa que acredita e aceita a chamada «Lei Tríplice» na vida ou seja que aquilo que fazemos tem sempre um retorno a triplicar. Fazemos mal ao nosso semelhante? pois o mal nos virá três vezes superior. Fazemos bem? pois esse bem nos será retornado a triplicar.

Não tendo a pretensão de escrever aqui a história toda das Wiccas, nem um blog é para isso, apenas lembro que elas (e eles, claro!) não acreditam no Diabo (apontam-no como uma invenção da Igreja Católica e outras correntes do cristianismo), não praticam necessariamente a chamada «magia negra» (actos e poções que provoquem mal), não odeiam os cristãos nem as Igrejas e nem profanam hóstias ou que é cristão.


E, já agora, existem milhares e milhares de Wiccas por todo o mundo, podendo ser, sem o sabermos, a nossa pacata e simpática vizinha do lado.


Quanto ao «Halloween», trata-se, como acima referi, do «Dia das Bruxas», uma festa típica da Inglaterra, Estados Unidos e Canadá.

A ideia veio de um Festival Celta chamado «Samhaim» (literalmente «Fim do Verão») e remonta ao Século XIX.

Entre o Pôr-do-Sol de 31 de Outubro e o nascimento do 1º de Novembro, celebrava-se a Noite Sagrada para os Celtas (Wallow Evening, em inglês) e assim nasceu a designação que hoje se conhece de «Halloween».

Em Portugal não se usa muito, mas por lá, crianças e adultos saem às ruas, fantasiadas a rigor, batendo às portas da vizinhança sempre com a mesma pergunta inocente: «trick or treat»? - doce ou travessura?

Quem poderá resistir?


2 comentários:

Anónimo disse...

Feliz halloween herc.

http://www.youtube.com/watch?v=DOtEdhKOMgQ&feature=related

Migas.

S. Thot disse...

Heresia... taí uma linha de pensamento que nunca tinha seguido antes.

Vou digerir melhor essa opinião. Abraços brasileiros.