sábado, março 08, 2008

paulo correia a presidente

Polémica dos estatutos falsos
ensombra eleições

nos Bombeiros Voluntários de Viseu


por:
AMADEU ARAÚJO



Paulo Correia (lista A), na foto à esquerda, promete lutar contra a falta de transparência e o totalitarismo nos "Voluntários" de Viseu. Belarmino Alves, ao centro, é o presidente candidato à Assembleia Geral, vendo-se ainda José Alberto Ferreira, que ocupará o cargo de Presidente do Conselho Fiscal.



O processo eleitoral para a Associação dos Bombeiros Voluntários de Viseu (BVV) está envolto em polémica e uma das duas listas candidatas ameaça impugnar o acto eleitoral. Tudo porque a uma das listas foi fornecida uma cópia falsa dos estatutos da corporação. A mesma cópia que foi afixada para conhecimento dos sócios, mas que não corresponde à legalmente aprovada. Em causa os votos por correspondência e o procedimento para a sua aceitação.

As eleições estão marcadas para dia 12 e Ribeiro Gonçalves, actual presidente da direcção, a cumprir o terceiro mandato, candidata-se a presidente da assembleia geral numa lista encabeçada por Leonel Carvalho, antigo director da Segurança Social. Com ele está Pedro Alves, chefe de gabinete da presidente da Câmara de Nelas e filho do actual comandante. A outra lista é encabeçada por Paulo Correia, antigo administrador do hospital de Lamego. Conta com Botelho Pinto, vereador na Câmara de Viseu pelo PSD e com José Oliveira, vereador do PS.

Ontem a lista encabeçada por Paulo Correia pediu "a suspensão do acto eleitoral para resolver este problema, sob pena de termos de impugnar as eleições". Tudo porque "na cópia dos estatutos fornecida dizia que o voto por correspondência devia ser levantado na sede, assinado pelo sócio a que se junta cópia do bilhete de identidade". Mas os estatutos depositados em notário e publicados em Diário da República sustentam que "o voto por correspondência tem de ser levantado cinco dias antes do acto eleitoral, depois de justificado o impedimento da votação presencial e autenticado de forma legal".

José Dias, actual presidente da AG dos BVV, garante que disponibilizou "os estatutos de que dispunha, uma versão anterior à correcção pelo notário. O que está em causa é apenas uma pequena alteração no voto por correspondência pelo que não irá haver suspensão do acto eleitoral". Mas um dos elementos afectos à lista de Paulo Correia afirma que "com esta pequena alteração fica aberto o caminho para a fraude. Acresce que a nova direcção irá nomear o futuro comandante que tem um filho a concorrer a vice-presidente". Uma fonte interna alega que "quem manipula estes documentos manipula outros. Dá que pensar".


(in DIÁRIO DE NOTÍCIAS, com vénia)

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