
Noutro dia, uma rapariga minha amiga telefonou-me e disse:
- Queres vir cá a casa? Não está cá ninguém.
Eu fui lá a casa. Bati!... bati e ninguém respondeu!... Não estava mesmo ninguém lá em casa!...
......
Hoje tem sido um dia difícil para mim.
Levantei-me de manhã... vesti uma camisa e saltou um botão... peguei na minha pasta e a pega partiu-se...
Estou a ficar com medo de ir à casa de banho.
......
Posso dizer que os meus pais me odeiam.
Os meus brinquedos do banho eram uma torradeira e um rádio.
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A minha mãe nunca me deu de mamar.
Ela dizia que só gostava de mim como amigo.
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O meu pai anda com a fotografia de um miúdo que já vinha quando ele comprou a carteira.
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Quando eu nasci, o médico foi à sala de espera e disse ao meu pai:
- Tenho muita pena. Fizemos tudo aquilo que podíamos . Mas mesmo assim ele conseguiu sair.
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Lembro-me do dia em que fui raptado e em que enviaram o meu dedo mindinho ao meu pai...
Ele disse que queria mais provas.
......
Uma vez, quando me perdi, vi um polícia e pedi-lhe ajuda para encontrar os meus pais. Disse-lhe:
- Acha que alguma vez os vou encontrar?
Ele respondeu:
- Não sei miúdo... há tantos sítios onde eles se podem esconder.
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Trabalhei numa loja de animais e as pessoas estavam sempre a perguntar se eu crescia muito ou se ficava só daquele tamanho.
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- Doutor, todas as manhãs quando me levanto e me olho ao espelho fico com vontade de vomitar. O que é que se passa comigo?
Ele disse:
- Não sei, mas a tua vista esta óptima...
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