Amanhã é dia 11.
Pode ser mais um dia igual a tantos outros.
Ou pode ser um dia diferente.
Um dia que marque o futuro de todos nós.
E não falo, apenas, do referendo ao Aborto.
Quer dizer: podíamos dar um bom pontapé no trazeiro da hipocrisia colectiva.
E passarmos a dormir com a consciência um bocadinho mais tranquila.
Em tempo:
Há muitos anos, uma amiga de uma amiga, com data de casamento marcada, apareceu em minha casa lavada em lágrimas. Estava grávida de um namorado anterior. Caucasiano, como ela. O futuro marido era (e é) de raça negra. Ajudei-a, com alguma relutância, mas hoje sinto-me melhor: vejo um casamento feliz e três criancinhas mulatas que são um amor.
12 comentários:
De casamento marcado e grávida do namorado anterior? Desculpa lá, mas ela foi extremamente rápida a marcar casamento com o segundo namorado ou descobriu a gravidez quando a criança já estava para nascer? Ajudaste-a a fazer um aborto? E foi antes das 10 semanas? Essa história, perdoa-me, mas está muito mal contada! De casamento marcado com um e grávida de outro, com menos de 10 semanas? Cheira, ao longe, a promiscuidade! Mas é só a minha opinião, e vale o que vale... Desculpa qualquer coisa
olá Mente Despenteada!
... num tens de pedir dscp pk tu sabes k és spr bem-vinda!...
a "história", concede-me a dúvida, pf, é verdadeira!...
klaro k rapidamente ajuizaste bem! - se é k nos é permitido ajuizar o semelhante!... - trata-se de promiscuidade, mas... podia dizer-te k há mt disso por aí... só k axo k tu deves saber tal cm eu k há
agora repara: paixão antiga, dakelas k abrasam... não dá certo e a moça akaba por tentar construir o seu futuro com outro tipo k até é fixe e marca casamento... aparece, entretanto, a "tal" paixão e num acto impensado ela faz sexo com ele (uma vez, pensa ela, a última vez, tipo despedida!...)... daí a gravidez não-desejada nem pensada!...
agora tira as conclusões...
promiscuidade?! mas é klaro k sim!...
todavia, eu não atiro pedras! limitei-me a contar a história que "vivi" de perto!
é história rara? penso k não! conheço outras!...
...e pensando bem... dscp mas olha k acontece mais vezes do k possa pensar-se
mas ainda bem k pensas dessa tua maneira, pk assim sendo já vi k os teus valores morais são elevados e a sociedade tb precisa disso, qt mais não seja por uma questão de equilíbrio
agradeço de novo a tua opinião k é aki spr bem-vinda e apreciada
xi-coração
herc
Não se trata de moralismo, porque sou - orgulhosamente - uma pessoa profundamente amoral. A moral não é coisa que encontre em mim grande abrigo. Acho é que há coisas como amor, e como respeito, e subscrevo a ideia de que quem não está bem põe-se. Se a tua amiga gostava do ex, devia ter ficado com ele. Por respeito ao que acabou por ser marido, e por respeito a ela própria, porque ninguém deve contentar-se com menos do que aquilo que deseja. Um homem não é uma camisola, que se não houver em azul compramos em verde. Um companheiro, alguém com quem temos a perspectiva de partilhar a vida, ou parte dela pelo menos, merece mais do que um par de cornos ainda antes de casar. E o aborto resolveu? Se achas que sim, óptimo. Na minha opinião só serviu para "legitimar" a ideia de que o aborto é o método contraceptivo de quem vai pra cama com qualquer um, de qualquer maneira. Promiscuidade sim. Condenável do ponto de vista do respeito que nos merecem aqueles que nos amam. A moral nada tem a ver com isto.
Pergunta retórica: e se o actual marido também fosse branco? Teria hoje 4 filhos, 3 mulatos e um branquinho, nada parecido com ele? Deve ser de facto uma pessoa muito correcta, essa tua amiga. Deve, deve...
venho agora mesmo de verificar os resultados dos votos... parece q a dignidade humana finalmente, chegou ao meu Pais(pq eu amo esse pedacinho de terra). As mulheres vao poder ser seguidas medicalmente, orientadas nas suas decisoes, ajudadas e ouvidas!! é algo de mt positivo, nos tempos q correm... talvez se essa tua amiga, nessa altura tivesse acesso a um serviço correcto medical, ela nao tivesse de passar pelo q passou!!
(perguntavas quem eu sou..apenas uma mulher, igual a tantas outras,q luta cd dia.) Dei uma olhada nos poemas, alguns fizeram-me rir...ta demais
abraço
A discussão supra é mto interessante.
Mas mto melhor é a foto do post.
1 guloso convite à promiscuidade.
Cristina
bem-haja pela visita
os resultados do referendo indicaram um caminho apenas: Portugal deu mais um passo em direcção à Europa de que faz parte
agora é preciso definir outros pormenores igualmente importantes como por exemplo saber se de facto os Hospitais vão abrir as suas portas gratuitamente às mulheres com problemas ou/e se irá haver acompanhamento e aconselhamento etc etc etc
xi-coração
herc
ps: 'inda bem k gostas dos poemas k aki ponho de vez en kd
Asperezas
o termo "promiscuidade", no sentido e no contexto em que aqui foi referido, levar-nos-ía muito longe e, provavelmente, resultaria numa estéril discussão em muito semelhante à que nos foi "oferecida" pelos apoiantes do "sim" e do "não", nesta crucial questão do Aborto.
não sendo o objectivo primordial deste blogue, inconsistente e inconsequente, deixo, portanto, a outras "sedes", a oportunidade de esgrimirem o assunto em apreço.
e faço-o na convicção de que é extremamente dificil dirimir questões do fôro íntimo - nosso ou de terceiros.
recordo aqui, tão-só, aquela conhecida parábola bíblica, sobre a mulher adúltera (poderemos usar aqui o termo "promíscua"?...), em que Cristo lança o desafio aos Homens supostamente impolutos ("quem d'entre vós nunca pecou"...!) e os insta a apedrejarem a "pecadora". E enquanto, baixado sobre a terra poeirenta, finge abstrair-se do tempo que passa, não houve ali ninguém que ousasse levantar a mão...
hoje, infelizmente, dá-se o contrário: atiram-se pedras e esconde-se a mão
parece que a própria Igreja se esqueceu das palavras do Filho de Deus: "...se ninguém te condenou, também eu te não condeno".
voltando ao signo "promiscuidade", acredito com veemência que já não teríamos nos dias de hoje um único casamento em pé se fôssemos "apedrejar" aquilo a que se designa de "facada no matrimónio" - da parte deles e da parte delas!
abrç
herc
Mente Despenteada
de novo se agradece a tua passagem e o teu precioso contributo para a discussão de tema tão interessante quão controverso
só não entendo bem - e peço dscp por isso mesmo! - porque dizes que és "orgulhosamente" uma pessoa "profundamente amoral", levando em linha de conta que sobre a moral o dicionário indica-nos o seguinte:
MORAL: conjunto de costumes e opiniões que um indivíduo ou um grupo de indivíduos possuem relativamente ao comportamento; conjunto de regras de comportamento consideradas como universalmente válidas; parte da filosofia que trata dos costumes e dos deveres do homem para com o seu semelhante e para consigo; ética...
portanto, a sério, tenho dificuldades em perceber a tua posição e quais as bases em que assentas essa mesma posição, quando, à partida, afirmas que és avessa ao que está "universalmente considerado como válido"
posso entender o que é ser um gajo com ideias próprias, posso entender uma certa rebeldia, uma certa aversão a determinados comportamentos sociais... mas: como entender o contrário do que disse Ernest Hemingwai "o homem não é uma ilha isolada"??? isto é, como entender o ser humano contra a sua própria vocação universalista?!
o Homem só é enquanto for - dizia-me na universidade um professor meu amigo. Concordo. E concordaria à mesma, mesmo se o resultado do referendo de ontem fosse diferente. Mesmo se as mulheres continuassem a ser perseguidas e vilipendiadas por uma decisão que é só delas e de mais ninguém.
xi-coração
herc
PS:
apenas uma correcção de que me eskeci:
- no caso do marido da minha amiga ser branco (já k o problema era o ex-namorado ser caucasiano), km ela tb é branca, os filhos seriam todos brancos. E sim, seriam quatro, um deles nada parecido com o pai...
mas olha que as parecenças não definem nada!... Nunca viste filhos loiros e de olhos azuis numa família com cabelos e olhos castanhos escuros?... Olha eu tenho disso na minha!... Não quer dizer nada! hoje as certezas obtêm-se através do ADN e mais nada!...
mas vou mais longe: aqui perto de Viseu, um ex-funcionário meu casou e foi para o estrangeiro trabalhar. Ao longo dos anos cumpriu spr com as suas obrigações, mantendo o seu lar e os filhos que íam nascendo com os dinheiros que mandava lá da estranja, fruto de muito trabalho e sofrimento. O casal já tinha seis filhos quando a mulher lhe pediu o divórcio. Alguns amigos dele - não por desconfiança do comportamento da mulher, mas apenas para dificultar no tempo um divórcio que o rapaz não desejava -aconselharam-no a pedir testes de ADN em relação ao último filho, ainda de poucos meses. Já não sei explicar bem porquê, mas o facto é que foram feitos testes a todos os filhos. Resultado (espantem-se, senhores!): o último rebento era do marido... os outros cinco filhos não!!!!!
sem comentários.
xi-coração
herc
Ihihi! Tu só conheces gente mesmo promíscua, não é? :) Quanto ao amoral, referia-me à questão religiosa, a que toda a gente se apressou a colar o apoio ao «não». Nesse aspecto não tenho qualquer vínculo à moralidade. Quanto ao resto, o universalmente válido, também não sei que te diga, mas é facto que não me acho, nem pretendo achar que sou, universalmente válida, ou sequer consensual. Uma mulher sem inimigos não vale nada, não é? ;)
Mente Despenteada
olha... nunca tinha pensado muito nisso, mas, agora, que falas no assunto, de facto, reconheço que a minha vida tem sido formada e formatada em pecaminosos círculos de promiscuidade!...
agora não sei se não irás ter remorsos por me lançares no caminho de uma terrível dúvida existencialista, que, certamente, me acompanhará até à cova: é meu o mal ou do meio em que (sobre)vivo????
PS: ...e não vale confundir "embaixador" com uma dor em baixo dos pés...
xi-coração
herc
PS (II) - ...pois, isso dos inimigos, tb é com os homens! há até quem defenda que a grandeza do H. se mede pelo número dos seus inimigos
(eu, na minha vida, tenho trocado "número" por "qualidade"! dá um certo ar de classe, se é k me entendes!)
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