quinta-feira, dezembro 28, 2006

mãe aos 12 anos!

Escrevi aqui, recentemente, que o início da actividade sexual na vida dos adolescentes é, hoje em dia, um assunto que a esmagadora maioria das pessoas se recusa a encarar pacificamente. É, pois, de modo hipócrita, um assunto tabu.
A adolescência, segundo o que sabemos dela, é o periodo da vida humana entre a puberdade e o estado adulto. Só que, hoje em dia, torna-se cada vez mais dificil perceber onde acaba uma e começa outra.
Para os responsáveis do Hospital Amadora-Sintra, a realidade não pode ser escamoteada e é cada vez mais frequente receberem ali crianças grávidas com idades compreendidas entre os 12 e 13 anos.
Então mas se a realidade é esta, porque teimamos em lhe fugir?
Tatiana, 12 anos, é o mais recente exemplo. Começou a ter relações sexuais aos 11 anos e está grávida há quatro meses.
Tinha dois namorados ao mesmo tempo e por isso diz que não sabe ao certo quem é o pai.
Um dos rapazes recusou 'ad initio' aceitar responsabilidades. O outro, com 18 anos, assumiu a "paternidade", mas só agora é que estão a pensar em fazer os respectivos testes. Vêr-se-à depois quem é pai...! Sim, porque pai há só um...
Vejamos agora a leveza com que a família da Tatiana encara a questão: a mãe disse que nunca criticou ou castigou a miúda! e disse que sabia que a filha mantinha relações sexuais com os dois namorados! e mais: que ela também ficou grávida aos 14 anos e a sua mãe aos 16!...
Do pai da Tatiana nada se sabe e os jornais, ao que parece, não quiseram saber. Eu não sei se existe - portanto, até posso presumir que naquela família terá faltado o "pulso" paterno...
Fica, assim, tudo "explicado"!...
Sem comentários.
A moldura penal para estes casos (que se enquadra na pedofilia) é de 3 a 10 anos de prisão, mas a Mãe da Tatiana, expedita, já vai dizendo que "se o rapaz aceitou a paternidade está tudo bem" e o que faz falta são agora uns subsidiozitos, porque "cá a gente somos pobrezinhos e precisamos de ajuda".
Novamente tudo fica "explicado"!
A Lei não pode fazer vista grossa. Este assunto, triste, embora, e com contornos que deveriam ser estudados por especialistas na matéria, é um crime público. À mãe da Tatiana pode dar-lhe muito jeito um dos rapazes ter assumido a paternidade da Ana Catarina (assim se chamará a criança ainda no ventre da mãe) e os subsídios que a desgraça da filha lhe possa trazer, mas não pode nunca tolher ou diminuir a aplicação da Lei. E a Lei terá sobretudo de definir muito bem quais as culpas que caberão (ou não) neste caso aos próprios familiares da Tatiana, se não por acção, certamente por omissão.

2 comentários:

Dinis Medo disse...

Cá para mim isto é uma vergonha para qualquer sociedade desenvolvida.

heresias consentidas disse...

DINIS

...pra ti pra mim e pra kem tem vergonha na tromba!!!!!!!

mas olha que inda noutro dia, numa discoteca viseense, apreciei uma miudita (vim a saber depois k tinha 13 anos e tava a comemorá-los nessa noite!) agarrada a um gajo dos seus 20 e tais anos... em poses tais k nem te conto!...

...mas o curioso (pra num dizer outra coisa!) é k tb vim a saber k a gaja k tava ao lado dela, já bêbeda!, era a mãe!!!!

importei-me em saber mais (esta curiosidade jornalística...! he he he ) e descobri que afinal a mãe gosta dos namorados da filha e a filha gosta dos namorados da mãe...!

(agora entre nós: se uma miúda destas fica grávida ou se é violada numa esquina, não deveria ser a mãe severamente condenada???)

abraço
herc