terça-feira, dezembro 06, 2011

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Os olhos femininos mereceram, desde sempre, um tratamento deveras especial.

Quem não recorda, por exemplo, «ai, se os meus olhos falassem...», de Tristão da Silva, ou os «Teus Olhos Castanhos» de Alves Coelho, canções que fizeram furor em tempos idos?!

Almeida Garret, um romântico como poucos, deixou-nos, em «Folhas Caídas», o bonito poema «Seus Olhos», a par com, sei lá, Eugénio de Andrade, Pablo Neruda, Vinícius de Morais, e milhares e milhares de tantos outros poetas, todos eles incensando os olhos das mulheres amadas/desejadas.

É verdade que os olhos são o espelho da Alma. E nesse espelho reflecte-se também, acredito, a Alma de quem os olha com paixão pura e verdadeira.

Apesar do gasto «clichê», é um facto que os olhos da gaja que amamos são sempre como apetitosas piscinas de água límpida e refrescante onde queremos mergulhar...

PS:
A propósito, porque levaste os teus olhos p'ra tão longe dos meus? não sabes que eu via o mundo através deles e que agora estou cego e nem tenho cão nem uma daquelas bengalas às riscas vermelhas e brancas?!... não sabes que eu me via neles e que agora parece que nem existo porque deixei de me ver?!...



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