quarta-feira, junho 29, 2011

promontórios

(...)
promontórios a pique e de repente
na luz de duas gémeas madrugadas
o fulgor das colinas acordadas
o pasmo da planície adolescente

(David Mourão-Ferreira)



Ontem em conversa com um amigo, ouvi que um outro amigo comum está seriamente a pensar em se divorciar.

O motivo? bem, avaliem vocês mesmos!... 

A cena é que a esposa peida-se muito - e muito ruidosamente! - e sobretudo durante o sexo!...

Não vejo motivo algum para o desconsolo do marido. Eu, pessoalmente, adoro o género de gajas com o escape livre, mas, com desgosto o digo, só tive uma e já lá vão alguns anos que a não vejo.

Recordo-me que os meus serões, nessa altura, não tinham nada de monótono: volta e meia ela peidava-se e eu a batia palmas! meu Deus! riamo-nos imenso e era uma verdadeira festa lá em casa!...

É claro que todas as outras mulheres que tive também davam os seus 'traques', mas esforçavam-se estupidamente por o fazer longe de mim, nas minhas costas (apesar das minhas súplicas constantes), ou então, cobardemente, estrangulavam o pobre coitado até o reduzirem a uma miserável e despersonificada 'bufa' mal-cheirosa.

Digam o que disserem, o cu das gajas, pelo menos em Portugal, continua extremamente subaproveitado e convenço-me de que essa é uma das razões - forte razão, friso! - para as imensas viagens «de negócios» que os apreciadores, os «connaisseurs», empreendem até às terras do Brasil, onde as «bundinhas» são amplamente degustadas para gáudio de quem come e de quem dá a comer.

A propósito, uma «moda» que surgiu há já uns tempos, proveniente dos EUA, e que dá pelo nome de «face sitting», vem mais uma vez demonstrar as imensas possibilidades com que nos deparamos cada vez que uma gaja nos vira as costas.

Isso, a par do «farting», do «slut», do «fisting» e, naturalmente, da introdução dos mais diversos e inimagináveis objectos - agora também cirúrgicos, e de que o mais vulgar é o  «speculum» - está sem dúvida a «revolucionar» a forma como os homens olhavam (e secundarizavam) o buraquinho traseiro das mulheres.

Com muito mais terminais nervosos do que a própria vagina, o vulgarmente conhecido «olho do cú» está a pouco e pouco a sair do anonimato a que foi obrigado por uma cultura retrógrada e ignara, e começa orgulhoso a dar os seus primeiros passos na afirmação de que, afinal de contas, ele não é apenas um espaço fétido e desprovido de beleza.

As inúmeras confissões de mulheres que admitem ter orgasmos anais e que o prazer que sentem chega mesmo a ser superior ao vaginal ou ao clitoriano, dá-nos a certeza de que o dito cujo, conforme sempre defendemos, não existe apenas para cagar nem é, em absoluto,  uma coisa parecida com uma fábrica de merda.





Uma antiga namorada, que adorava «amandar» umas bojardas...

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