Quando uma manada de búfalos, por exemplo, é perseguida ou por caçadores humanos ou por predadores selvagens, são os exemplares mais fracos e mais lentos, em geral doentes, aqueles que ficam para trás, os que sucumbem primeiro e mais rapidamente.
Esta selecção natural é boa e é saudável para a manada em si, porque aumenta a velocidade média e a saúde de todo o grupo, pois a matança regular dos seus elementos mais fracos fortalece e garante a sobrevivência dos demais.
De forma parecida opera o cérebro humano: beber álcool em excesso, como nós sabemos, mata os neurónios, mas, naturalmente, é sabido que ele ataca e elimina primeiro os neurónios mais fracos e mais lentos.
Neste caso, o consumo regular, excessivo até, de cerveja, aguardentes, whisky, vinho, rum, vodka, etc, elimina os neurónios mais lerdos e parvalhões (os chamados cromos), tornando assim o nosso cérebro numa máquina mais rápida e mais eficiente.
Segundo as estatísticas, 23% dos acidentes de trânsito são provocados pelo consumo de álcool.
Ora, isto significa que os outros 77% dos acidentes são causados pelos cabrões e filhos da puta que passam a vida a beber água das pedras, sumos, refrigerantes, iogurtes e outras merdices apaneleiradas do género.
Há, quanto a mim, uma louvável genuinidade quando um gajo às 07h da matina, saído ali do ICE ou do NB, se espeta contra uma rotunda e nem sequer consegue manter-se de pé para soprar no «balão» que a bófia pressurosamente nos estende.
«Au contraire», digam-me com sinceridade, o que podemos nós dizer dum maricas que sai do carro todo amassadinho e grita com uma voz parva de corno estridente «oh meu Deus! num sei como isto aconteceu! eu juro que não bebi nada!».
Eu coraria de vergonha e até acharia bem que me amandassem com um pano enxarcado às trombas ou que me zupassem com um gato morto até ele miar!...
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