Excelentíssimo Senhor
Presidente da República Portuguesa
Professor Doutor Aníbal Cavaco Silva
Palácio de Belém
Calçada da Ajuda 1349-022 Lisboa
(Portugal)
Assunto: Visita Oficial a Portugal.
Romagem ao Panteão Real da Dinastia de Bragança, com deposição de Coroa de Flores no Túmulo de Sua Alteza o Rei D. Carlos.
Como sabe, mais do que qualquer outro português, venho há algum tempo e dentro dos desígnios que entendo como democráticos a efectuar diligências no sentido do mais elementar direito que me assiste, e que se traduz no reconhecimento da Independência do meu território – Forte de São José, Nação soberana, sobejamente conhecido como Principado do Ilhéu da Pontinha.
Nesse sentido, Senhor Presidente – esta causa é uma causa justa, e merece a melhor das atenções, porquanto me parece que as autoridades nacionais a vão menosprezando e esquecendo de forma consciente, até ao dia que fruto das investidas do meu gabinete jurídico junto de vários órgãos do direito internacional, Portugal venha a ter de enfrentar o desconforto da justiça, responsável e esclarecedora, envergonhando o Estado Português por tamanha incongruência.
Mas o assunto, que me apraz registar nesta hora, tem como objectivo o aproximar do dia 3 de Outubro de 2010, data em que o Forte de São José, por força da lei e do mais profundo respeito pelos actos da Coroa Portuguesa no ano de 1903, tomou personalidade pela insólita alienação.
Com efeito, deve essa data o facto da assinatura da Carta Régia pelo Rei D. Carlos onde nela é firmada a venda do território, concedendo toda a posse e domínio, o que muito me alegra e satisfaz, merecendo da minha parte e de meus concidadãos uma digna homenagem junto do seu túmulo, fazendo intenções de aí depositar uma coroa de flores e proceder a breves considerações.
Assim, movido pela nobreza de carácter por que me pauto, venho desta forma solicitar a autorização a V.Exª., na qualidade de Digníssimo Chefe de Estado, para uma pequena Visita Oficial a Portugal, seguida de simbólica, mas muito desejada acção a levar a efeito ao Panteão Real da Dinastia de Bragança, sito no Mosteiro da Igreja de São Vicente de Fora, em Lisboa, evocando o respeito e a honra pelo brilho do passado, a garantia da liberdade, a condenação da tomada de poder por meios violentos e rejeitando qualquer intimidação por parte de órgãos subversivos, contrários aos valores por que nos devemos reger.
Creia, Excelência que jamais baixarei os braços, e utilizarei todas as minhas energias com entusiasmo na concretização dos meus propósitos, abençoado por Deus, nosso Senhor.
Esperando, francamente, a melhor atenção e absoluta anuência aos meus intentos, apresento a V.Exª. os melhores cumprimentos.
Forte de São José, dia 28 Setembro do Ano da Graça de
Anno a Christo Natto, MMX
Christo
ass:
D. Renato Barros
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