quinta-feira, novembro 19, 2009

MadeinViseu

Editorial

(in Jornal Made in Viseu,16/11/2009)


(...)2.
Ninguém me tira da cabeça que o dr. Miguel Ginestal deveria assumir o cargo de Governador Civil do Distrito de Viseu, não amanhã ou depois, não em futuro próximo, seja ele qual for, mas já.

O que se está a passar não é dignificante para ninguém: não o é para a Direcção Nacional do partido, não o é para a Direcção Distrital, não o é, sobretudo, para a figura do prof. Alcídio Martins Faustino, que se viu na contingência de assumir a vaga deixada por Acácio Pinto e que, portanto, digo-o sem hesitação, melhor sorte mereceria.

Não foi, certamente, a Direcção Nacional do PS que tirou Alcídio Faustino de Mangualde e o pôs a secretariar o Governador Acácio Pinto. A Direcção Nacional do PS, eventualmente, não conhecia nem nunca ouviu falar de Alcídio Faustino, e, portanto, o cargo na Ave. Alberto Sampaio deve-o ele à perspicácia e camaradagem de Acácio Pinto.

Acácio Pinto escolheu seguir a sua vida por outros caminhos, decidiu ocupar o seu lugar de deputado na Assembleia da República e, portanto, o seu cargo deveria ter ficado em aberto até que os responsáveis locais do PS, ‘concelhia’ e ‘distrital’, apontassem um novo nome (normalmente são três os nomes indicados) e a Direcção Nacional subscrevesse esse nome.

Tenho a forte impressão de que me vão dizer que foi exactamente assim que tudo aconteceu. Mas a ideia que milita na cidade é que o Governo Civil está hoje ocupado por um indivíduo que foi o secretário de Acácio Pinto e eu, com o respeito devido e não regateado à pessoa de Alcídio Faustino, perfilho dessa mesma visão.

Voltando a Miguel Ginestal, não vale que ele possa vir a assumir o cargo de Governador num amanhã qualquer, como ‘corre por aí’. Terá de ser já. E terá de ser já porque as pessoas têm de (con)viver com e em dignidade e, como já referi, nada disto dignifica ninguém.

Miguel Ginestal foi candidato à Câmara Municipal de Viseu, uma vez mais, e cumpriu com rigor e vigor tudo o que o partido poderia exigir dele e o que naturalmente, na globalidade, se pode exigir de um candidato que se quer frontal e aguerrido. Não foi para a Assembleia da República, onde estava como outros lá estão, porque a ‘bola’ lhe foi retirada a meio do campeonato e porque o mandaram, sem razão nem justiça, para o balneário.

… e agora querem que ele vá de novo dar aulas para a Escola? querem que ele vá para secretário do Secretário de Estado José Junqueiro?!...

Este PS, mais para os seus que para os outros, é muito mauzinho.

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