Francisco Mendes da Silva, advogado, 29 anos, é o anunciado candidato do CDS-PP à presidência da Câmara de Viseu.
Era de esperar e não se esperava outra coisa.
Percebi que seria ele o candidato assim que me disseram que ele tinha começado a falar. E falando, julgo que na Assembleia Municipal, no 25 de Abril último, conseguiu pôr a direita a bater palmas, a esquerda pouco lúcida - no mínimo! - a dizer que falou bem e a parolada indiscriminada a abrir a boca de pasmo.
Mas... falou bem, o quê e de quê? o que disse, realmente, Francisco da Silva?
- "E interessam-me menos os artifícios simplistas dos períodos eleitorais do que a discussão séria e descomplexada da vida em comunidade".
Antes, muito pouco se lhe conhecia e depois, ao que parece, nada mais se lhe conheceu. O que até pode significar que o indivíduo é coerente com o que diz: não lhe interessando "os artifícios simplistas dos periodos eleitorais", está bom de ver que não vamos voltar a ouvi-lo até estarem passadas as eleições autárquicas a que se candidata e que, depois, então sim, temos homem para a "discussão séria e descomplexada da vida em comunidade".
Foi bom sabermos que o CDS encontrou um candidato deste calibre e que esse candidato, aos 29 anos, sentiu a imperiosa necessidade de nos dizer que 'é preciso discutir sem preconceitos a nossa terra'. E, no receio de que andássemos distraídos, nefelibatas ou obnubilados, disse mais: é preciso que "façamos o futuro. Agora."
Ora, se tivermos em atenção que o actual presidente da CMV, Fernando Ruas, está à frente do Executivo há 20 anos, pode dizer-se que o futuro começou a ser "feito" quando o Francisco tinha 9 aninhos de idade e a malta o chamava de chiquinho...
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