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Um terço dos deputados não votaram em Santana Lopes para a liderança da bancada social-democrata. O facto, porém, não ensombra o excelente 'score' dos 70% conquistados pelo ex-Primeiro-Ministro mais charmoso que Portugal já teve.

Santana Lopes, depois da eleição, fez duas afirmações:

Por um lado, disse que se sentia "completamente legitimado" e, por outro, que tinha “toda a confiança” no deputado Virgílio Almeida Costa, um dos nomes que escolheu para a direcção da bancada do PSD.

Virgílio A. Costa tem o seu ordenado parcialmente penhorado por dívidas fiscais e, para além disso, é reconhecidamente, o deputado mais faltoso da Assembleia da República.

Mais recentemente, de acordo com o jornal ‘Público’, recentemente deu entrada na Assembleia da República um novo pedido para cativar rendimentos do deputado, mas não pôde ser aceite por já ter sido atingida a parcela permitida por lei – até ao limite de um terço.

Santana Lopes desvalorizou a situação e disse apenas que Virgílio Costa tem “toda” a sua “confiança”, e considerou que a situação não vai ser negativa para a credibilidade do grupo parlamentar.

Em síntese, o que Santana quis dizer é que o Virgílio, líder do PSD de Braga, tem o "perfil" ideal para deputado da Nação:

- É um gajo relapso, deve ao fisco e está-se a marimbar para as suas obrigações como alto funcionário da Nação!...

Santana esteve bem! É que se assim não fosse, seria o mesmo que dizer que a fatia mais significativa do povo português nunca teria a sua confiança. É que essa "fatia significativa", politicamente falando, são os gajos ricos deste país e esses devem todos ao Fisco e estão-se nas tintas para todos nós...

Só os pobres é que não devem ao Fisco e esses, claramente, nem nunca chegarão a deputados nem nunca estarão na lista dos interesses do novo líder da bancada do PSD.