tal & qual

O semanário "Tal & Qual", fundado em Julho de 1980, encerrou hoje, sexta-feira, as suas portas.

Perda de leitores e de mercado foi uma das razões avançadas pela administração.

Talvez sim, talvez não, o certo é que o jornal começou com 170 mil exemplares de tiragem e hoje nem os 10 mil atingia!...

A decisão foi comunicada na pretérita quarta-feira ao director do periódico pela empresa proprietária, a "Controlinveste".

Joaquim Letria, fundador e primeiro director do semanário, admitiu sentir-se "muito triste" com o fecho do jornal ao fim de 27 anos, mas admitiu que o "Tal e Qual" já tinha morrido há muitos anos e que agora só está a cumprir-se a Missa do 7º Dia!...

(No pressuposto de que conheço mais o menos o jornalista Letria, hoje para aí com 90 anos, antigo assessor do ex-Presidente da República Ramalho Eanes, garanto que se está a sentir vingado, para já não dizer satisfeito com o anunciado funeral...)

Pessoalmente, tenho alguma mágoa pelo actual director, Emídio Fernando, que transitou da TSF no início deste ano, porque não soube entender, em tempo útil, que iria fazer apenas as 'honras fúnebres' a um orgão de informação que tinha características muito particulares e que por isso mesmo estava condenado à partida.

A Comunicação Social anda a precisar de um estudo sério. Sobretudo, quando vemos um "Diário de Notícias" (também da "Controlinveste"), fundado em 1864, a cair irremediavelmente para os últimos lugares, ele que já foi um matutino de referência, correndo hoje sérios riscos de ser ultrapassado pelos panfletos do Lidle. Está limitado hoje a uma tiragem média de 34 mil exemplares e até o indizível "24 Horas" já lhe passou à frente!...

PS:
...e pelo "Sol" nem me perguntem, porque ainda sou capaz de dizer que "a montanha pariu um rato" ou então que os ratos não tardarão a abandonar o navio.