vai uma aposta?

Não deve haver nada mais patético

do que a imagem de uma gaja velha

correndo atrás dos amores perdidos...

Visito, sempre que me lembro, um blog engraçado que fica aqui perto de mim.

Convenço-me de que é escrito por uma gaja que faz o possível e o impossível por se manter "à tona" e na "crista", mas, na volta, 'tá saturada das "partidas" muitas que a vida lhe vai pregando e isso reflecte-se na sua escrita, que fica entre o sonho e a preguiça das palavras sem sentido.

Não errarei se disser que a autora está velha e cansada. Velha de idade, velha de esperanças, velha de mentiras, velha de promessas por cumprir...

Que pena que eu tenho daquele blog! até a petulância de outros tempos, que tanto eu admirava, já se esvaiu e deu agora lugar a um endémico e confrangedor amontoado de frases sem nexo, sem sentido, tão sem-vida como a sua autora.

Da última vez que a "vi" já não escrevia há mais de um mês! acho eu!... Volta depois (e ela sabe que cada volta é um morrer devagarinho) num estudado gesto de cabeça erguida, sacudindo com fingida majestade a crina - outrora impante, luzidia e orgulhosa! - como se já não soubesse de outros carnavais... como se já não os soubesse estupidamente iguais!...

Os últimos "posts" entendi-os eu. Adivinhei-lhes o âmago naquele doloroso e extenuado ritmo de vírgulas esquecidas, a fazer-me lembrar uma bailarina de "dança do ventre" a quem subitamente tivesse faltado a música.

Ah! como eu gostava de amar assim! amar assim mesmo sabendo que não sou amado...