sexta-feira, junho 22, 2007

anjos

O menino voltou-se para a mãe e perguntou:

- "Os anjos existem mesmo? Eu nunca vi nenhum."

Como ela lhe afirmasse a existência deles, o pequeno disse que iria andar pelas estradas, até encontrar um anjo.

- "É uma boa ideia" - falou a mãe. "Irei com você".

- "Mas você anda muito devagar" - argumentou o garoto. "Você tem um pé aleijado".

A mãe insistiu que o acompanharia. Afinal, ela podia andar muito mais depressa do que ele pensava. Lá se foram.

O menino saltitando e correndo e a mãe mancando, seguindo atrás.

De repente,uma carruagem apareceu na estrada. Majestosa, puxada por lindos cavalos brancos.
Dentro dela, uma dama linda, envolta em veludos e sedas, com plumas brancasnos cabelos escuros. As jóias eram tão brilhantes que pareciam pequenos sóis. Ele correu ao lado da carruagem e perguntou à senhora:

- "Você é um anjo?" Ela nem respondeu.

Resmungou alguma coisa ao cocheiro que chicoteou os cavalos e a carruagem sumiu, na poeira da estrada. Os olhos e a boca do menino ficaram cheios de poeira. Ele esfregou os olhos e tossiu bastante.

Então, chegou sua mãe que limpou toda a poeira, com seu avental de algodão azul.

- "Ela não era um anjo, não é, mamãe?"

- "Com certeza, não. Mas um dia poderá se tornar um", respondeu a mãe.

Mais adiante uma jovem belíssima, em um vestido branco, encontrou o menino.
Seus olhos eram estrelas azuis e ele lhe perguntou:

- "Você é um anjo?"

Ela ergueu o pequeno em seus braços e falou feliz:

- "Uma pessoa me disse ontem à noite que eu era um anjo".

Enquanto acariciava o menino e o beijava, ela viu seu namorado chegando.

Mais do que depressa, colocou o garoto no chão. Tudo foi tão rápido que ele não conseguiu se firmar bem nos pés e caiu.

- "Olhe como você sujou meu vestido branco, seu monstrinho!", disse ela, enquanto corria ao encontro do seu amado.

O menino ficou no chão, chorando, até que chegou sua mãe e lhe enxugou as lágrimas com seu avental de algodão azul.

Aquela moça, certamente, não era um anjo.

O garoto abraçou o pescoço da mãe e disse estar cansado.

- "Você me carrega?"

"É claro" - disse a mãe. "Foi para isso que eu vim."

Com o precioso fardo nos braços, a mãe foi mancando pelo caminho, cantando a música que ele mais gostava.

Então o menino a abraçou com força e lhe perguntou:

- "Mãe, você é um anjo?"

A mãe sorriu e falou mansinho:

- "Imagine, nenhum anjo usaria um avental de algodão azul como o meu..."

por: William J. Bennett

3 comentários:

Anónimo disse...

Oi, achei teu blog pelo google tá bem interessante gostei desse post. Quando der dá uma passada pelo meu blog, é sobre camisetas personalizadas, mostra passo a passo como criar uma camiseta personalizada bem maneira. Até mais.

Anónimo disse...

Olaa!
Baita mensagem a deste texto!!!
Nao pude deixar de lembrar do livro o princepezinho, e da "rosa" dele, mm se o contexto é diferente...
E tu, consegues???
Neste mundo insensato encontrar anjos???
:-)

heresias consentidas disse...

CRISTINA

andas desaparecida ou k?